Renda, nanduti e outras interferências projetam texturas diferenciadas, ponto de destaque da moda atual
Em tempos de modelagem geometrizada, cortes retos e poucos adornos, grande parte das atenções se volta para as superfícies. É nesta hora que ressurgem técnicas tradicionalíssimas, algumas quase em desuso, que têm o status revigorado pela capacidade de criar efeitos singulares.
Há algumas estações as rendas entraram nesta lista, migrando da roupa de ocasião ou de estilo folk para a urbana e casual. Com isso, seu uso cresceu aceleradamente e elas continuam firmes como tendência para próximas estações. Uma delas, o nhanduti, ou "teia de aranha", em guarani - também conhecido como nanduti -, é de origem espanhola e se espalhou pelas américas no período colonial. Ela é construída em teares ou bastidores. O resultado é muito semelhante à tenerife, com a diferença que esta é construída sobre o próprio tecido, contando e desfiando os fios. A designer argentina Juana de Arco dá dimensão contemporânea à nanduti, montando vestidos e outras peças com partes coloridas da renda tradicional.
Outros recursos que andam despertando interesse e devem continuar em alta são os pequenos volumes, obtidos com técnicas manuais. Os antigos favos, eternizados na roupa tradicional gaúcha, são um deles. Ponto a ponto, a superfície que era plana projeta-se, ganha inserção de outros elementos e o que era do passado vira estilo e negócio no presente.
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